sexta-feira, 28 de maio de 2010

"Siempre hay algo mas que a simple vista no se ve."

Hola Personas!

Acharam que eu não ía mais escrever no blog? Sim, eu também achei, nesses últimos dois meses andei sem inspiração, quer dizer, ainda ando sem inspiração, mas essa semana bateu a vontade e resolvi vir aqui relatar algumas coisinhas. Primeiramente, quero lembrar que, quando criei esse espaço mencionei que seria para descrever coisas aqui de Buenos Aires sob o meu olhar e a minha vivência. Mas, andei mais por Uruguaiana e Santa Maria do que propriamente aqui. Achei que seria muito mais fácil do que está sendo, mas entrei num impasse sobre o que escrever. Não quero ser dessas pessoas chatas que só escrevem sobre coisas ruins do lugar, se vim viver aqui foi escolha minha. Porém vou ter que relatar o que andou me acontecendo em relação as "moedas". Sim, as benditas moedas que mencionei em outros textos são mais disputadas do que pensei. Aqui as pessoas se negam a te vender algo por causa do troco, que eu achei um absurdo por sinal. Acompanhem meu raciocínio.
Fui comprar um café na Starbucks, uma rede bem conhecida que tem vários tipos de cafés deliciosos, pois bem, a atendente não me vendeu porque não tinha troco. Como assim? Um café enorme que tem no Centro, cheio de gente, e a pessoa me diz na cara dura que não tem troco e ponto. Eu fiquei numa fila enorme, com um monte de gente na minha frente, que eu vi pagando e simplismente a criatura se nega a vender. Quase tive um "treco" ali, fiquei louca de vergonha. A sorte é que minha irmã estava junto e pagou meu café.
Outros dois episódios aconteceram comigo e podem ter certeza envolvia menos troco do que vocês imagina. Fui comprar um refrigerante no meio da quadra e toma! "não te vendo porque não tenho troco" (em espanhol...hehehe). O cara tinha que me dar só $0,75 centavos. Eu jamais deixaria de vender por conta disso, pelo menos eu tentaria fazer o cliente levar alguma coisinha de 0,75 centavos (que irrita eu sei, mas é o teu "ganha pão"). Hoje novamente fui comprar em um outro "butequinho", só que dessa vez a pessoa me vendeu, mas me chamou na "mijada" na hora de me dar o troco. "Da próxima vez que vieres comprar, traga trocado, porque não posso te dar um monte de moedas de troco". Detalhe: sobrava $1,25 e ela precisava só me dar 2 moedas. Vontade de dizer: Então da próxima vez não me vende, me dá as compras!
Fora quando você chega em um bar, ah essa parte é a que me deixa mais p.... porque você consegue uma mesa, aí parte pro malabarismo de conseguir chamar o garçom, depois você faz o pedido, até aí beleza, o problema vem agora. Deve ser coisa de brasileiro beber algumas cervejas até chegar o pedido da comida, mas aqui não foi uma nem duas vezes que só nos trouxeram a bebida junto com a comida. Bem feito! Deixou de vender mais, por não saber atender. Mas não deve estar faltando dinheiro para um dono de bar desse tipo, porque se fosse isso atenderiam muito melhor e a bebida estaria geladaaaaa, coisa rara por essas bandas.
Algumas pessoas já comentaram comigo que aqui o pessoal é "ruim de serviço" e eu acabo tendo que concordar porque esses episódios aconteceram comigo, fora o que já aconteceu com a minha irmã, e as outras pessoas que tenho conhecido. Não sei mesmo se no Brasil é assim, claro que já ocorreram vezes em que fui mal atendida em algum lugar e outro, mas eu me refiro ao tom, a maneira como as pessoas se referem sabe? Por duas vezes já me indicaram ruas erradas, ontem mesmo eu estava em uma rua, que para a minha direita tinha um nome e para minha esquerda outro (estilo Santa Maria), perguntei para uma moça que estava na esquina qual era a rua tal, eu tenho certeza que ela fez por gosto e me mandou pra rua errada. Aí vão dizer: "Mas quem sabe ela não sabia". Se não sabe não diz nada, diz não sei, mas não me da a informação errada.
Na verdade eu ainda tento entender e diferenciar o que aqui é cultural do país ou o que é cultura de cidade grande, capital. Como nunca vivi em grandes cidades e tampouco as conheço, procuro pensar bem antes de criticar. Bueno pueblo, amanhã eu começo um curso aqui na UBA, depois volto para comentar mais coisas sobre esta "Distinta Ciudad".
Besos muchacos e muchachas!