"Siempre hay algo mas que a simple vista no se ve."

Hola Personas!

Acharam que eu não ía mais escrever no blog? Sim, eu também achei, nesses últimos dois meses andei sem inspiração, quer dizer, ainda ando sem inspiração, mas essa semana bateu a vontade e resolvi vir aqui relatar algumas coisinhas. Primeiramente, quero lembrar que, quando criei esse espaço mencionei que seria para descrever coisas aqui de Buenos Aires sob o meu olhar e a minha vivência. Mas, andei mais por Uruguaiana e Santa Maria do que propriamente aqui. Achei que seria muito mais fácil do que está sendo, mas entrei num impasse sobre o que escrever. Não quero ser dessas pessoas chatas que só escrevem sobre coisas ruins do lugar, se vim viver aqui foi escolha minha. Porém vou ter que relatar o que andou me acontecendo em relação as "moedas". Sim, as benditas moedas que mencionei em outros textos são mais disputadas do que pensei. Aqui as pessoas se negam a te vender algo por causa do troco, que eu achei um absurdo por sinal. Acompanhem meu raciocínio.

Fui comprar um café na Starbucks, uma rede bem conhecida que tem vários tipos de cafés deliciosos, pois bem, a atendente não me vendeu porque não tinha troco. Como assim? Um café enorme que tem no Centro, cheio de gente, e a pessoa me diz na cara dura que não tem troco e ponto. Eu fiquei numa fila enorme, com um monte de gente na minha frente, que eu vi pagando e simplismente a criatura se nega a vender. Quase tive um "treco" ali, fiquei louca de vergonha. A sorte é que minha irmã estava junto e pagou meu café.

Outros dois episódios aconteceram comigo e podem ter certeza envolvia menos troco do que vocês imagina. Fui comprar um refrigerante no meio da quadra e toma! "não te vendo porque não tenho troco" (em espanhol...hehehe). O cara tinha que me dar só $0,75 centavos. Eu jamais deixaria de vender por conta disso, pelo menos eu tentaria fazer o cliente levar alguma coisinha de 0,75 centavos (que irrita eu sei, mas é o teu "ganha pão"). Hoje novamente fui comprar em um outro "butequinho", só que dessa vez a pessoa me vendeu, mas me chamou na "mijada" na hora de me dar o troco. "Da próxima vez que vieres comprar, traga trocado, porque não posso te dar um monte de moedas de troco". Detalhe: sobrava $1,25 e ela precisava só me dar 2 moedas. Vontade de dizer: Então da próxima vez não me vende, me dá as compras!

Fora quando você chega em um bar, ah essa parte é a que me deixa mais p.... porque você consegue uma mesa, aí parte pro malabarismo de conseguir chamar o garçom, depois você faz o pedido, até aí beleza, o problema vem agora. Deve ser coisa de brasileiro beber algumas cervejas até chegar o pedido da comida, mas aqui não foi uma nem duas vezes que só nos trouxeram a bebida junto com a comida. Bem feito! Deixou de vender mais, por não saber atender. Mas não deve estar faltando dinheiro para um dono de bar desse tipo, porque se fosse isso atenderiam muito melhor e a bebida estaria geladaaaaa, coisa rara por essas bandas.

Algumas pessoas já comentaram comigo que aqui o pessoal é "ruim de serviço" e eu acabo tendo que concordar porque esses episódios aconteceram comigo, fora o que já aconteceu com a minha irmã, e as outras pessoas que tenho conhecido. Não sei mesmo se no Brasil é assim, claro que já ocorreram vezes em que fui mal atendida em algum lugar e outro, mas eu me refiro ao tom, a maneira como as pessoas se referem sabe? Por duas vezes já me indicaram ruas erradas, ontem mesmo eu estava em uma rua, que para a minha direita tinha um nome e para minha esquerda outro (estilo Santa Maria), perguntei para uma moça que estava na esquina qual era a rua tal, eu tenho certeza que ela fez por gosto e me mandou pra rua errada. Aí vão dizer: "Mas quem sabe ela não sabia". Se não sabe não diz nada, diz não sei, mas não me da a informação errada.

Na verdade eu ainda tento entender e diferenciar o que aqui é cultural do país ou o que é cultura de cidade grande, capital. Como nunca vivi em grandes cidades e tampouco as conheço, procuro pensar bem antes de criticar. Bueno pueblo, amanhã eu começo um curso aqui na UBA, depois volto para comentar mais coisas sobre esta "Distinta Ciudad".

Besos muchacos e muchachas!

Agora Bacharel

Gente tô formada!!!! hahahaha até que enfim, mas confesso que estou sentindo falta de ser universitária. Pelo menos em Santa Maria há muitas vantagens. Você paga meia entrada em quase tudo que vai, os estágios sempre rolam, você conhece muita gente. É uma maravilha! Fica a sensação de que poderia ter sido diferente, que eu poderia ter estudado mais, que eu poderia ter feito mais, mas não só nos estudos a gente fica com essa sensação, praticamente em tudo que fazemos.

Quem me conhece sabe que foram cinco anos e meio de curso, começando em Ijuí em Julho de 2004, onde fiquei 2 anos e acabando em Santa Maria agora em Março. O mais importante de tudo é o que eu conquistei nesse período, e olha que não foi pouca coisa. Além de todo o crescimento pessoal e intelectual (que chique) esses anos me proporcionaram os melhores momentos da minha vida. Conheci pessoas incríveis, que vou carregar pra sempre em meus pensamentos e no meu coração. Existem muitas teorias em relação à amizade. Alguns dizem que amigos de verdade não se separam apesar da distância, que amigo que é amigo está sempre ao lado nas horas boas ou ruins etc.

Mas eu prefiro pensar que existem vários perfis de amigos. Temos aqueles que são para a vida toda, aqueles que são só para as festas (ditos parcerias), os amigos que mal falamos, mas quando temos algum contato da uma felicidade, os amigos que temos convivência somente no ambiente de trabalho, mas que queremos e nos querem bem e os amigos que foram levados deste plano para outro superior, que somos incapazes de compreender o motivo. Pois bem, posso dizer que tenho todos esses amigos e todos fazem parte da minha história, cada um com sua contribuição, às vezes como exemplos a não serem seguidos, mas mesmo assim com sua contribuição.

Com os meus amigos aprendi que não existe gente "normal", ou eu fui presenteada com uma quantidade de gente insana ao meu redor, que fizeram e fazem dos meus dias os melhores, sempre com uma novidade, uma proeza sei lá com algo que me deixa feliz. Vocês devem estar pensando: "mas que mar de rosas é a vida da Joana". Não, não é, mas não é momento de falar coisas ruins ou desagradáveis, e como eu estou falando de amizade, ela supera tudo isso.

Gostaria de citar nomes aqui, mas não vou me atrever, até mesmo porque seria uma lista interminável e tenho medo de deixar alguém de fora.

Também quero deixar um "salve" à minha família, que abriga os melhores amigos do mundo. Meus tios, tias, primos, primas, cunhada, minha avó querida, meus irmãos e minha mãe, que durante esse tempo todo me esperaram em casa com aquela saudade recíproca, com aquele churrasco de domingo, aquela ceva de litro.

Com certeza foram os resposáveis em fazer da minha comemoração, a melhor comemoração que eu poderia ter. Me sinto extremamente feliz em tê-los na minha vida e junto com meus amigos então? Melhor ainda, agito de todos os lados, dança no palco, passinhos by Luis, dança do quadrado embalada pelo tio Cival, todos freneticamente felizes.

Uma família que se dedica a todos da mesma maneira, que sonha junto ou se empenha em realizar o sonho de todos. Uma família gigante, não só de tamanho, mas de sentimento, que tem muitos defeitos, mas que as qualidades ultrapassam. Os defeitos sempre vão ser superados, tanto na amizade, quanto na família, se desejarmos acima de tudo o bem para os outros (parece até discurso religioso, mas é a verdade...hehehe).

Obrigada, obrigada, obrigada, por fazerem do meu momento um grande momento.

Beijossssss

Tudo Novo de Novo parte II

Quero falar hoje, de algumas coisas que tenho visto aqui em Buenos Aires. Fiquei uns dias sem postar nada, apesar de eu ter prometido para mim mesmo, que postaria algo uma vez por semana. Mas, sei que muita gente prefere que seja assim, de vez em quando, hehehehe.

Pois bem, já começo escrevendo que procurei melhor e tenho a informação que existem "monederos" aqui, diferentemente do que eu escrevi anteriormente sobre os ônibus, têm algumas linhas que aceitam cartões magnéticos, que são regarregáveis, para evitar as moedas, mas não são todas as linhas, e por azar, as linhas que eu tenho que pegar, não aceitam. Portanto, sigo achando meio "antiga" a maneira que cobram as passagens. Porém, essa foi uma informação para corrigir a outra que eu havia postado. Mas mudando totalmente de assunto...

A Argentina me surpreende cada vez mais. Por exemplo: reparei aqui que os homens aqui se beijam. Isso mesmo, quando os homens se cumprimentam se dão um beijo no rosto. Isso serve para todos, pois aqui não existem dois beijinhos e muito menos três "pra casar". Aqui homens e mulheres se dão um beijo ao se cumprimentarem. Achei super fofo, pois sendo Gaúcha então... é tão legal ver o carinho que as pessoas demonstram umas com as outras. Sem aquele machismo imposto, os amigos (homens) não têm vergonha de dizer o quanto gostam uns dos outros. Achei bárbaro! Os Uruguaios são assim também.

Desta vez vou escrever meio que em tópicos, não se incomodem se os parágrafos não seguirem os assuntos...

Pois bem, que cidade que têm monumentos. Eu fiz o passeio no "bus tour" e já fiquei meio desconfiada, mas hoje posso ter certeza....vários pontos turísticos são monumentos. Desculpem a minha "santa ignorância", mas coisa que nunca me chamou atenção em passeios turísticos são "estátuas". Nada contra, mas eu quero mesmo é ver gente, o que acontece nos lugares, como as pessoas são. Vai muito além de um monumento. Mas isso é só um desabafo.

Andei saindo aqui na "nigth" e recomendo para todos os brasileiros. Ao contrário de que muitos pensam, os brasileiros são muito bem quistos aqui. Se você disser que é brasileiro (a) já conquistou os argentinos. Pude perceber, que a rivalidade é mais brasileiro X argentino, que vice-versa.

O maior problema que tenho enfrentado é com a fala, principalmente quando você começa as aulas e percebe que tudo aquilo que você acha que sabia.....pois é você não sabe. Posso dizer que já compreendo praticamente tudo, mas falar que é bom.... vai demorar. E um conselho: Você que acha que por nunca ter visto o espanhol, mesmo assim sabe traduzir as coisas, engano seu, com certeza você estará traduzindo algo errado. Portanto, vá fazer aulas de espanhol....só assim você vai entender mesmo. As expressões "parecem" semelhantes, mas não são. Esses dias eu vinha falando no táxi para a minha irmã que a "cola" de um cara que tav ana boate era terrível, que parecia um brega, pois é, a "cola" aqui é a bunda, porém eu estava me referindo ao cabelo atado. São nas pequenas coisas que cometemos as maiores gafes. Por hoje é só, até tenho muito mais para escrever, e coisas mais interessantes. Inclusive tenho textos prontos, mas não acho o melhor momento para postá-los, porque como tenho mudado muito de opnião, dia após dia, prefiro esperar um pouco mais.

Outra coisa que gostaria de comentar! Semana que vem, dia 12 de março é minha colação de grau em Santa Maria. Estou uma pilha de nervos, mas louca para que chegue a hora. E, com certeza vou fazer um texto especial para este momento. Podem ter certeza, que quem ler este blog vai estar incluído nele. Obrigada pelo carinho, atenção e pela força que todos me dão. Sou uma pessoa mais que abençoada, por ter amigos tão maravilhosos....

Beijos e queijos......

Joana

PS: Os erros de digitação espero que sejam perdoados, pois não revi o texto. Os erros de colocação verbal, conjugação e afins espero correções....hahahahahah

Tudo Novo de Novo

Pois bem, desta vez cheguei e cheguei para ficar. Hoje faz 10 dias que estou aqui e já me sinto a vontade para descrever algumas coisas. Eu, a Laura (minha irmã) e a Lisiane (minha amiga) fizemos um passeio, que por sinal indico a todos, que apresentou os pontos turísticos mais visitados em Buenos Aires. o passeio é no Bus Tour e tem duração aproximadamente de 3 horas. Nós não descemos do ônibus, pois a nossa intenção era posteriormente ir aos lugares que mais nos interssaram de ônibus urbano. Porém, aconselho esse passeio para aqueles que querem "conhecer" a cidade em um dia. Você pode descer no lugar de interesse visitar e subir no próximo Bus Tour, que passa em média a cada hora, sem custo algum, Vale a pena!

Já que mencionei ônibus urbano neste primeiro parágrafo, algo me intriga sobre isso desde que cheguei. A forma como as passagens são cobradas. Não existem cobradores (tudo bem, eu sei que não existem em vários lugares do mundo), mas o que me supreende é a forma como as passagens são cobradas. Parece um telefone público (o famoso orelhão), onde você coloca as moedas uma por uma, até chegar ao valor que corresponde o teu destino. Ex: Se você quer ir para um determinado bairro sai tanto, se for para outro bairro é tanto. Achei super justo porque você paga pelo trecho percorrido. Porém não existem fichas com esses respectivos valores. Então, se o seu destino sai $1,25 você comunica o motorista e vai colocando as moedas, uma por uma nessa "caixa".

Só que este tipo de cobrança gera um certo caos, não só na hora de subir no ônibus, mas também para um mercado inteiro. Você começa a pensar 2 vezes antes de entregar 0,25 centavos para moça do caixa do supermercado. Vem logo o pensamento: "Se eu facilitar o trco pra ela, não vou ter depois pro busão". Aí você pensa bem o contrário: "Vou dizer que não tenho troco, assim, ela me da 0,75 centavos". Viram? Parece que não é nada, mas aqui em Buenos Aires as moedas são verdadeiros tesouros. Pior é quando o cara da fruteira te da um desconto de 0,30 centavos, só para não te dar 0,70 de troco. Sacanagem! Eles também devem pegar ônibus.

Seria tão mais fácil se existissem fichas com os valores correspondentes ao destino. Os comerciantes agradeceriam, as filas nos ônibus diminuiriam e eu não precisaria literalmente estar contando moedas. Ter um cofrinho aqui não é nada viável. Uma coisa aprendi nesses primeiros dias, que é dar valor a cada moeda. Também soube (porque está estampado dentro dos ônibus), que o Governo Federal custeia boa parte do valor das passagens, por isso elas ficam em torno de $1,10 a 1,25 (a passagem mais cara que paguei, e olha que eu fiquei mais de 1 hora no ônibus). Nossa como a Presidente é "buena onda"!!! Como se não fosse uma obrigação o que ela faz. Ela tem uma mania muito feia semelhante a de políticos brasileiros, mas um pouco mais descarada, que é estampar o nome nas obras realizadas. Aqui se vê muito: "Obra da Presidente Cristina Fernández de Kirchner". Só falta ter: "Argentina um país de todos". Daí sim!!!! Mas isso fica para outro momento, ainda não estou apta a manifestar minha opinião sobre certos assuntos. Há muito que pesquisar. Valeu galera!

CHEGUEI

Galera!!

Resolvi fazer o meu blog para narrar essa minha nova fase, agora em Buenos Aires. Deixo todos a vontade para comentarem, criticarem e elogiarem (se eu merecer hehehe). Mas já comunico, que tudo que eu postar estará baseado na minha visão, de acordo com a minha leitura da cidade, do país, de tudo que por aqui eu encontrar. Confesso que está me batendo um medinho de escrever, porque em um minuto aqui, após criar esse blog, eu já apaguei várias vezes o que escrevi. Mas "bora", que a melhor coisa que existe (ou uma das melhores) é enfrentar o medo. Portanto, como dizem aqui na Argentina "dale".
Um dos motivos que me levou a fazer o blog é que, quando eu estava procurando informações sobre a cidade eu não encontrei nada referente ao cotidiano da cidade do ponto de vista de algum estrangeiro. Claro que há vários blogs com várias informações, mas gostaria de fazer algo não tão turístico, pois para isso existem os sites de hotéis, agências de viagem e do Governo. Ok?